quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mesa do Passarinho

“Sentou–se na mesa como tinha planejado há alguns minutos com o passarinho na mão e largou ele ali em cima do prato, bem no centro. Ainda não comentei, mas ele era um tanto sujo tinha uma imagem com algo de nojenta. Me passou pela cabeça que ela poderia abrir o bicho com a faca, talvez seja uma faca com serrinha, sem ficaria mais complicado, pelo menos eu acho, bom a faca teria que estar afiada, será que ela teve vontade de fazer isso? Será que teve curiosidade? por que se abrisse ele com cuidado podia olhar e retirar os órgãos inteiros, ver seus ossos inteiros, poderia tirar e botar ver o encaixe? não sei bem, mas tipo num ser humano, ela não poderia fazer isso, e vendo e sendo assim “fechados” e vivos, tipo com uma estrutura completamente complexa dentro de nós que meio que a gente vai vivendo com ela e se esquece, ver isso no passarinho era como se fosse possível entender melhor ela própria, acreditar que tudo aquilo era verdade, por eu não entender as coisas tem parte de mim que não acredita que elas sejam reais.”






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